26º Domingo do Tempo Comum B
Os discípulos continuam a apresentar dificuldades em seguir Jesus Cristo, pois não percebem que Ele deseja incrementar um novo estilo de vida que passa pela renúncia da própria vontade, deixando que Deus reine no coração do ser humano. Deste modo, invejas e partidarismos poderão fazer parte da vida em sociedade, mas deverão ser contrariados pelos que seguem o Filho do Homem.
1 - Os cristãos não deixam de ser humanos e são chamados a afastar-se o mais possível das suas tendências humanas. Deste modo, o outro não pode ser encarado como um adversário, mas como um irmão. Uma mentalidade egocêntrica contradiz a lógica de Jesus Cristo e na corresponsabilidade para com o outro ganha-se um novo fôlego na construção de um mundo mais justo e fraterno.
2 - Em Igreja não há rivais, mas sim companheiros e colaboradores. Esta é uma realidade que, apesar de ser clara, tem dificuldade em ser vivida por todos, desde os ministros ordenados aos que vivem o mais simples ministério eclesial. A maledicência ou a murmuração são constantes perigos e a única atitude que os poderá vencer encontra-se num genuíno agradecimento para com a disponibilidade do irmão.
3 - Os discípulos são chamados a construir uma comunidade aberta a todos, fruto do desejo de estar com o Mestre e caminhar como Ele e com Ele. Deste modo, os cristãos são chamados a alegrar-se com o bem onde quer que se concretize, independentemente de quem o realiza. O Concílio Vaticano II consagrou a imagem da Igreja como “Povo de Deus”, isto quer dizer que os cristãos pertencem a Deus e não o contrário.
4 - Na vida existem obstáculos de vária ordem e será necessário conhecimento próprio e comunitário para que se supere a tentação do egoísmo, apostando na santidade como caminho. Na verdade, os problemas vividos hoje são os mesmos de sempre com novas matizes, já que se radicam sempre na fragilidade humana e será necessário que os cristãos se ajudem para superar esses problemas.