Estimular...
Chegámos ao denominado «Domingo da Alegria», que manifesta esta proximidade do final da Quaresma ou, melhor dito, da celebração da Páscoa. A alegria é definida por São Paulo como um dos frutos do Espírito Santo e tem sido um dos temas mais presentes e repetidos no pontificado do Papa Francisco (basta ver os nomes dos seus documentos magisteriais). Hoje, o convite que a liturgia nos faz é a alegramo-nos com a misericórdia e com o dom do perdão que Deus nos oferece. Este tempo é propício para a celebração do sacramento da Reconciliação, e esse facto, como aresta o Evangelho do Filho Pródigo, deve mover-nos neste desejo profundo de correr para os braços do Pai e com Ele fazer festa por poder experimentar a alegria do regresso a casa, do perdão que só Deus pode dar.
(David Palatino, Viver e Proclamar a Palavra, Paulus, 2022, pág. 48)Ler...
Do Evangelho segundo S. Lucas
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».
Viver...
Pai, não conheço alegria maior do que a de voltar a ti! É assim que experimento o teu perdão, como a imensa alegria desse abraço que cura todas as minhas feridas, preenche todas as minhas carências e me dá novas forças para recomeçar. Nos dias mais perdidos da minha vida, ó Pai, faz-me recordar essa alegria e dispõe o meu coração a voltar-se de novo para ti.
(Evangelho Diário Diário 2022)
Comprometer...
Ao longo da semana, vou esforçar-me por ser mais compreensivo com as pessoas que me rodeiam e, em vez de julgar e condenar, ajudar a corrigir e a mudar de vida.
(Dinâmica da Quaresma do SDEC de Viseu)