Rezar a Palavra Divina - 2º Domingo da Quaresma B

Preparar…

Hoje, Senhor, agradeço os momentos em que me aproximo de Ti, ouço a tua palavra, falo contigo, recebo o teu perdão e Te recebo na Eucaristia. A tua presença vai-me transformando e fazendo-me crescer interiormente, mesmo que eu nem sempre me aperceba disso. Obrigado pelas maravilhas que vais fazendo na minha vida. 

(Evangelho Diário 2021)

Ler… 

Do Evangelho segundo S. Marcos 

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.

Rezar… 

Senhor Jesus, fonte de luz, palavra do Pai, presença consoladora, questionas a minha preguiça espiritual sempre que me convidas a subir. Neste espaço em que habitas, contemplo o mistério do teu estar, a luminosidade do teu ser e vislumbro o segredo do amor do Pai, que me convida a escutar-Te. Senhor, minha luz, dissipa as minhas trevas… e lança-me no vale da missão… Quero estar contigo, porque é bom, mesmo na dúvida, saborear a tua presença. 

(Sementes de Evangelho, Leitura Orante do Evangelho Ano B)

Comprometer… 

Nos momentos de dificuldades contemplar a Cristo Transfiguradora para que a vida seja animada pela esperança...

2º Domingo da Quaresma - Homilia

 2º Domingo do Tempo da Quaresma B

A transfiguração é um momento marcante na vida dos discípulos e da sua relação com o Mestre. Nesse momento contempla-se o Cristo a confirmar o caminho da Cruz como caminho de amor e de renovação do ser humano. Nada melhor que compararmos a dificuldade de Abraão em entregar o seu filho (1ª leitura) e a forma como Deus nos oferece o Seu Filho, para que O escutemos e sejamos transformados pela Sua morte e ressurreição. 

1 - A transfiguração surge na caminhada dos discípulos como resposta à falta de fé e a uma distância de compreensão entre a realidade da vida e da missão de Jesus e as expetativas humanas daqueles homens. A crise de fé de Pedro e seus companheiros proporciona um momento de intimidade e uma contemplação antecipada do mistério pascal e nele do mistério de redenção oferecida a todo o ser humano. Seguir a Cristo implica o momento de falta de fé e de incompreensão do Seu mistério, momentos em que a fé nos parece obscura, já que é um contínuo desvelamento, numa descoberta contínua do amor de Deus. 

2 - O grande desafio que o Senhor nos oferece neste 2º Domingo da Quaresma é o de não esvaziarmos a pessoa de Cristo. O convite à escuta do Senhor que nos é feito pelo Pai no alto do Monte faz-nos reconhecer que só na escuta e na oração da Sua Palavra podemos chegar à contemplação da real pessoa do Salvador. Cristo existe desde sempre mas é importante que se atualize na nossa vida, na nossa maneira de nos relacionarmos com Ele e com os outros. Escutar o Senhor não é uma proposta retórica, é um desafio a deixarmo-nos surpreender pela Sua pessoa, percebendo que tudo se transforma no Seu amor e com Ele encontramos vida e plenitude na Cruz. 

3 - Diante da dureza da vida e dos desafios que a Quaresma nos vai deixando não nos podemos esquecer de seguir a Cristo em todos os momentos e não apenas nos bons. Seguindo a Cristo nas dificuldades percebemos o que significa a Cruz, o que significa a entrega que o Pai nos faz do Seu Filho muito amado. A Transfiguração é uma verdadeira aparição pascal, ensinando-nos qual é o objetivo não só da nossa caminhada quaresmal mas de toda a vida cristã. Caminhamos na certeza da nossa debilidade e do nosso pecado, sempre na consciência de que temos um Deus que nos ama e nos oferece o Seu perdão paternal. 

4 - A partir de Cristo e do Tabor o nosso olhar diante da Páscoa e da Cruz deve ser alterado, partindo daquilo que é a vontade amorosa de Deus e não a nossa vontade humana. A nossa fé, como a de Abraão, não é um mar de rosas mas um caminho de espinhos e descobertas e, à imagem de Cristo, deveremos olhar para a Paixão, e para os caminhos quaresmais que nos permitem vivê-la intensamente, de maneira positiva, vendo para além do padecimento, contemplando o dom de amor. Isto é o que significa estar em Cristo no monte, num verdadeiro chamamento à peregrinação e à busca de um contínuo alimento em Cristo, porque não é difícil estar com Cristo alto do monte, onde não existem dificuldades, mas estar com Ele na devir de cada dia nas desilusões e nas alegrias de quem se sente amado pelo Senhor. 

5 - Celebrar a Páscoa é celebrar a sempre eterna Aliança de Deus com a humanidade, algo que implica as escolhas e a capacidade de cada um de se deixar surpreender. Viver a Cruz é viver o amor que nos abre a porta da eternidade…

Celebração Familiar 2º Domingo da Quaresma - Edições Salesianas

 

Para consultar a Celebração Familiar em PDF aceder ao seguinte: link https://drive.google.com/file/d/1EGLxueXPM4ZZltR9YkouM2hlLD7DkgYr/view

Ultrapassar - Frederico Lemos, sj

Ultrapassar 

Muitas vezes, quando falamos de uma situação difícil, utilizamos a palavra «ultrapassar». Mas a verdade é que não a ultrapassamos- Atravessamo-la. Por iniciativa própria ou não, estejamos preparados ou ainda em preparação, progressiva ou repentinamente, esperadas ou inesperadas, estas travessias fazem parte da vida de cada pessoa. As situações difíceis que atravessamos acabam por nos transformar, quer queiramos quer não. Aí somos confrontados com a nossa impotência e fragilidade, conhecemos o nosso modo de reagir instintivo, o impacto que tem à nossa volta e vamos aprendendo a controlar as nossas reações. Somos postos à prova e muitas vezes percebemos que temos capacidades desconhecidas em nós.
Reconheço um momento difícil que estou a atravessar ou atravessei recentemente. O que aprendi? Onde cresci? 

Federico Lemos, sj, in Leve Deus no Coração, Reflexões Jesuítas para todo o ano 

Dinâmica da Diocese de Viseu - 2º Domingo do Tempo da Quaresma

 

Catequese em Família - 28/02/2021

 «Além da cruz, não existe outra escada para subir ao Céu.»

Santa Rosa de Lima (1586-1617)

1 - Palavra de Deus 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles. As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear. Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus. Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: «Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias». Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz: «Este é o meu Filho muito amado: escutai-O». De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos. Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.

2 - Meditação 

Existe uma grande distância entre Cristo e os seus discípulos na forma como olham para a vida e para os desafios que esta vai alcançando. A transfiguração aponta-nos para a realidade da Páscoa e oferece-nos o sentido do que vivemos ao longo da caminhada quaresmal. 

Diante da imagem de Cristo transfigurado os discípulos esquecem-se de que existe um caminho depois do monte, sendo que os cristãos devem sentir como é bela a amizade com Jesus e a forma como Ele transforma a vida dos seus amigos, e apenas depois do monte, na vida do dia-a-dia, podemos assumir a beleza do amor de Deus. 

Seria bom que todos quisessem estar com Jesus, à maneira do que dizia Pedro, isto quer dizer que é essencial viver a amizade com Ele em todos os momentos para que o sentido seja de alegria e de vida nova. Jesus anima-nos a caminhar nas dificuldades, sempre com a certeza de que somos "filhos amados do Pai".

3 - Construção de um Símbolo 

 

Todos - Acompanhar a Dinâmica da Diocese de Viseu também presente neste blogue… 

4 - Pergunta do Youcat - Catecismo para Jovens: 

93 - De que modo Se transfigurou Jesus no monte? 

Já durante a vida terrena de Jesus, o Pai quis revelar a glória divina do Seu Filho. A transfiguração de Cristo deveria mais tarde ajudar os discípulos a compreender a Sua morte e a Sua ressurreição. 

Três evangelhos referem como Jesus, no topo de uma montanha, resplandeceu (“transfigurou-Se”) perante o olhar dos Seus discípulos. A voz do Pai celeste chamou a Jesus o “Filho amado”, a quem Se deve escutar. Pedro queria “armar três tendas” e reter o momento. Jesus, porém, estava a caminho do sofrimento. Por ora, pretendia-se apenas que os discípulos fossem fortalecidos. 

5 - Pai Nosso 

6 - Oração Final 

Pai nosso que enches a terra de vida, luz e alegria, nós Te damos graças pelas coisas boas que nos concedes. Pai, queremos que chegue a nós o teu Reino que é justiça, vida paz e amor. Dá-nos o pão que nos ajuda a crescer. Dá-nos a generosidade necessária para partilhar os bens que temos. Perdoa-nos e torna-nos fortes para transmitir o perdão. Livra-nos de todo o mal. Ensina-nos a cuidar dos outros. Ajuda-nos a ser mensageiros de concórdia e reconciliação. 

Procuro a superação? (26/02/2021)

(Ez 18, 21-28; Mt 5, 20-26)

Diante da vida e de Deus não se pode cair na ilusão de uma perfeição inexistente. Não existem genuínos justos, porque mesmo os justo têm quedas, momentos em que se toca a fragilidade humana. Desta forma, a imagem de um Deus misericordioso abrange a todos e não apenas alguns. Importa que o ser humano tenha a humildade de assumir a sua fragilidade para caminhar na comunhão com Deus em todos os momentos e assuma verdadeiramente a sua humanidade. 
Por mais conquistas que tenhamos existe sempre um caminho de superação e não podemos adormecer nesse caminho. Deus quer salvar o ser humano, quer entrar na vida deste, mas a porta de entrada de Deus é o coração arrependido e capaz de se superar. Jesus clama pela necessidade de superação, porque ir mais além é reconhecer o longo caminho a percorrer para a proximidade com o irmão, na vivência de um mundo transformado pelo amor. 
Jesus ensina-nos que o irmão, por muito difícil que seja aceitar e viver essa realidade, é a porta para o Reino de Deus, caminho para a descoberto do divino rosto. 

Interiorizando a Palavra de Deus... 

Vaidade e soberba. São marcas distintivas dos doutores da lei e dos fariseus do tempo de Jesus. Mas também eu, Senhor, consigo encontrar na minha vida momentos de soberba e da vaidade para os quais Te quero pedir perdão. Com o desejo de viver em humildade profunda, peço-Te que o Espírito Santo derrame em mim a vontade de querer viver sem a glória ou o reconhecimento dos outros, mas com a alegria de quem se sabe visto e reconhecido por Ti. 
(Evangelho Diário 2021)

Rezamos a confiança em Deus? (25/02/2021)

(Est 4, 17ss; Mt 7, 7-12 )

A Rainha Ester é uma pessoa angustiada mas com uma profunda confiança no Senhor, porque na angústia consegue encontrar ajuda no Senhor. O povo de Israel, de onde é originária a Rainha Ester, está próximo da destruição e tudo depende da forma como aquela mulher conseguirá convencer o rei a voltar atrás com as suas ordens desviadas. Na sua pequenez, diante da figura do rei e de Deus, surge a grandeza de uma mulher que se torna mais forte no Senhor e na confiança que faz surgir a esperança onde e quando tudo parece perdido. 
A solidão experimentada pela Rainha torna-se um momento de encontro com o Senhor, um momento que nos oferece o sentido para percebermos a catequese sobre a oração feita por Cristo no Evangelho.  Buscar o auxílio no Senhor, reconhecendo os nossos limites diante da vida e dos outros, é expressão de uma âncora que sustenta a vida, uma âncora que apenas pode ser a pessoa de Jesus Cristo. 
Caminhar na dedicação e na humildade é aquilo que nos é pedido por Jesus, porque sem Ele não podemos fazer um genuíno caminho... Deus não rejeita aqueles que se aproximam Dele com honestidade... 

Interiorizando a Palavra de Deus repetimos a oração da Rainha Ester... 

«Meu Senhor, nosso único Rei, vinde socorrer-me, porque estou só e não tenho outro auxílio senão Vós e corre perigo a minha vida. Desde criança, ouvi dizer na minha tribo paterna que Vós, Senhor, escolhestes Israel entre todos os povos e os nossos pais entre os seus antepassados, para serem a vossa herança perpétua, e cumpristes tudo o que lhes tínheis prometido. Lembrai-Vos de nós, Senhor, e manifestai-Vos no dia da nossa tribulação. Fortalecei-me, Rei dos deuses e Senhor dos poderosos. Ponde em meus lábios palavras harmoniosas, quando estiver na presença do leão, e mudai o seu coração, para que deteste o nosso inimigo e o arruíne com todos os seus cúmplices. Livrai-nos com a vossa mão; vinde socorrer-me no meu abandono, porque não tenho ninguém senão Vós, Senhor».

Vivo um curiosidade positiva? (24/02/2021)

(Jonas 3, 1-10; Lc 11, 29-32) 

Deus atua naquilo que poderia ser visto como impossível, isto é, de um coração humano capaz de assumir a sua fragilidade e desejar um mudança transformativa. 

O que parecia impossível tornou-se realidade e os habitantes da infame cidade de Nínive convertem-se e transformam completamente a sua vida. Estamos habituados a pensar num Deus castigador, mas o Deus que celebramos na fé cristã é um Deus amante, um amante incansável e à mínima manifestação de arrependimento oferece o seu amor sem medida. 
O amor de Deus depende da nossa curiosidade, não aquela curiosidade que mata o outro, mas a curiosidade que nos abre ao mistério e a uma oportunidade de mudança. De nada adianta dizermos que acreditamos em Deus e no Seu amor se isso não nos transforma a vida e não nos oferece um caminho positivo em todos os momentos. 
Ao contrário da multidão do Evangelho seria bom vivermos com os infames de Nínive, isto é, reconhecendo os males que fazemos mas na descoberta de caminhos diferentes que nos ofereçam uma esperança revigoradora. Não podemos ficar na superfície da vida e da relação com Jesus, porque Nele descobrirmos o sentido de tudo! 

Para iluminar a vida pela Palavra Divina... 

Senhor, Tu que és Deus das pequenas coisas, concede-me a graça de ser humilde e de Te reconhecer nas coisas mais simples da vida: um abraço, um olhar, uma brisa. Ajuda-me a comprometer-me contigo e com a tua palavra, honrando-Te com perseverança em todas as minhas ações e decisões de cada dia. Ilumina-me, meu Pai e meu Amigo, para cumprir a missão que me confiaste. 
(Evangelho Diário 2021) 

Deixamos que Deus venha até nós? (23/02/2021)

(Is 55, 10-11; Mt 6, 7-15)

O que é a oração? Diante de Deus não precisamos de usar muitas palavras. A oração não se mede pelas palavras belas que possamos dizer mas pela comunhão de corações, comunhão esta que se pode traduzir num simples silêncio, num simples olhar, num simples desabafo diante de uma dificuldade da vida. 
O Senhor pede-nos a capacidade de O escutar, de nos empaparmos das suas palavras de tal forma que sejamos transformados por elas. Podemos viver como verdadeiros "guarda-chuvas" diante de palavra divina, sempre com dificuldade de nos deixarmos converter e transformar a partir de dentro.
A oração é dos momentos mais duros da vida do cristão porque é um momento para se revelar o próprio coração a Deus e em que o coração de Deus se revela ao ser humano. Pois se é verdade que é um gesto de esforço rumo a Deus, também é uma oportunidade de fazer com que Deus habite na vida do ser humano. Mais do que palavras oferecemos a Deus um momento para que Ele nos olhe, conforte e console e por isso dizemos "Pai Nosso..."

Para rezar... 

Obrigado, Senhor, por me ensinares a orar. E obrigado por esta oração tão bela que, quando a rezo, me faz sentir tão próximo de Ti. Contemplo com admiração a tua capacidade de perdoar. Não há melhor exemplo de perdão que aquele que nos deste com a tua vida. Ajuda-me a aprender cada vez mais com o teu exemplo de humildade, sabendo perdoar quem me ofende, tolerar aqueles de quem não gosto, aceitar os que pensam diferente de mim. 
(Evangelho Diário 2021) 

Descobrir o desafio de viver Cristo... (22/02/2021)

(1 Pe 5, 1-4; Mt 16, 13-19)

FESTA DA CADEIRA DE SÃO PEDRO, APÓSTOLO

E. Kant afirmava que o filósofo não era aquele que sabia filosofia mas aquele que fazia filosofia, isto é, aquele que era capaz de desconstruir esquemas existentes para construir a sua visão sobre o mundo e os problemas. Desta forma, o filósofo questionava se existiriam verdadeiros filósofos. Podemos aplicar a mesma relação às leituras deste dia, porque não basta conhecer as opiniões e as obras que se expressam sobre Jesus, mas é necessário que se viva a Sua pessoa e, na mesma medida, podemos perguntar se existem verdadeiros cristãos. 

Pedro é chamado a fazer Cristo, a viver a Sua missão de apascentar, cuidar e conduzir os irmãos aos prados verdejantes da vida eterna. A cada dia, no esforço por fazer Cristo, damo-nos conta do seguinte: quanto mais nos aproximamos da Sua pessoa mais nos afastamos, porque ao desvelamento da realidade da Pessoa Divina do Salvador surge um caminho sempre renovado e pleno de desafios. 
O mistério de Jesus é mais do que uma verdade é uma pessoa, algo que obriga a uma verdadeira transformação e à conversão do coração. A fé é um caminho feito em comunidade e, neste dia de maneira especial, em Pedro, na sua missão de presidir à caridade, e na Igreja sabemos em quem acreditamos... Em suma, como podemos fazer Cristo na nossa vida, para que Ele nos renove e renove o mundo...   

Meditando... 

Deus quer-nos próximos, a lutar por algo comum, um bem maior, a construção de uma comunidade livre disposta a apoiar-se e motivar-se para ser mais. Senhor Deus, pedes-me que faça parte da Igreja e ajude a manter os seus princípios, que descubra como ser útil na sua edificação. Mas há tantos momentos em que me deixo dispersar ou acomodar nas minhas rotinas. Ajuda-me a desinstalar-me e a não recear os novos desafios que me apresentas. 
(Evangelho Diário 2021) 

Tarjas do Ressuscitado

 A nossa diocese aderiu à campanha/iniciativa nacional de Páscoa, que consiste na aquisição e divulgação de um estandarte de Cristo Ressuscitado.

Este símbolo vai de encontro às iniciativas desenvolvidas no âmbito do natal de anos transatos, e pretende ajudar a exteriorizar a fé e a alegria pascal nas  casas das nossas paróquias.

Tamanho do estandarte de Pano:

- Comprimento 70 cm 

- Largura - 0,47cm

O preço será de 10€ por cada Tarja e deverá ser feita a encomenda até à próxima Sexta-Feira dia 26 de Fevereiro. 

Para encomendar entrar em contacto com o pároco através dos seguintes contactos (especificar a paróquia de origem no momento da encomenda): 

Facebook: https://www.facebook.com/sergio.depinho.92

Email: sergiopinho1@gmail.com 

Telemóvel: 965 681 356

Rezar a Palavra Divina - 1º Domingo da Quaresma B

Preparar… 

Estamos nos 40 dias da Quaresma, à semelhança de Jesus no seu tempo de deserto. E permanecemos no deserto quando não abrimos o nosso coração aos outros; quando não retribuímos o sorriso de uma criança no meio da rua; quando «fazemos vista grossa» ao sem-abrigo por quem passamos à porta da igreja… Mas também somos «servidos pelos Anjos» quando recebemos as imensas graças de Deus: o dom da vida, a saúde, a presença amiga dos que nos são próximos… Sejamos agradecidos. 

(Evangelho Diário 2021)

Ler.. 

Do Evangelho segundo S. Marcos 

Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

Rezar… 

Senhor, na correria da vida, onde o relógio dita as regras do tempo, o teu tempo é paragem dinâmica, viagem no deserto, descoberta de um sim… É a força do Espírito que transforma o meu tempo em caminho de conversão e me lança no deserto das escolhas, na arena da tentação… É aí que me propões o amor como estrada, meta e fonte… É aí que me convidas a acreditar na Palavra que me recria… Porque estás próximo e não me deixas sozinho neste deserto!

(Sementes de Evangelho, Leitura Orante do Evangelho Ano B)

Comprometer… 

Viver o esforço de guardar um momento de silêncio e de paragem em cada dia para que seja escutada a palavra do Senhor...

1º Domingo da Quaresma B - Homilia

1º Domingo da Quaresma B

O tempo da Quaresma é marcado por uma forte carga emocional, porque na maior parte das vezes, são contemplados elementos formais e não o objetivo de transformação constante do coração do ser humano, já que o caminho a percorrer é sempre contínuo. O tempo da Quaresma é um tempo para escuta e para abertura do coração a Deus, procurando descobrir o Seu rosto em todos os momentos, mesmo naqueles em que nos deixamos vencer pelas tentações… 

1 - O nosso Deus é amoroso e oferece oportunidades de salvação. A 1ª leitura apresenta-nos uma primeira aliança entre Deus e a humanidade, sempre na perspetiva de que Deus é fiel à Sua promessa e, apesar dos pecados e das irreverências do ser humano, vem sempre ao de cima a misericórdia divina. O tempo da Quaresma é um tempo em que se reafirma a vontade da salvação da parte de Deus e, por isso mesmo, o ser humano é colocado diante dos desafios da oração, da caridade e do jejum para aderir livremente a essa vontade de salvação. 

2 - Cristo inicia a Sua atividade missionária, mas antes desse momento vive a solidão do deserto. Neste domingo, as grandes palavras da Liturgia da Palavra são tentação e conversão. Se é verdade que todos somos tentados e Cristo assume essa mesma condição frágil do ser humano, também é verdade que nos é oferecida a possibilidade de conversão, pois com facilidade caímos na tentação. 

3 - A conversão é resposta e responsabilidade do crente diante de Deus, numa reorientação para Ele. Cristo vai para o deserto com a finalidade de recordar ao ser humano a importância de sair do seu costume e do seu hábito, porque, para que exista verdadeiro arrependimento, é necessário que exista uma configuração para o Senhor.

4 - A Quaresma é um tempo de penitência mas não é um tempo triste, é sim um tempo em que se alimenta a genuína alegria. Esta brota não apenas de gestos exteriores mas de uma comunhão com o Senhor, que tudo alimenta e transforma. Cristo convida-nos a uma abertura à boa nova, a uma mensagem de amor, porque nunca estamos suficientemente orientados para Deus. 

5 - Confrontados e interpelados pelas cinzas, vive-se um tempo de caminho para a Páscoa e para a renovação da condição de batizados, de filhos de Deus chamados a transformar o mundo num lugar em que se sinta a proximidade do Senhor e onde se caminhe para a vida eterna. Deste modo, torna-se importante rejeitar os caminhos que não nos conduzem para Deus, já que seguir a Cristo implica segui-Lo em todos os momentos, mesmo no meio das tentações que nos dominam e tornam o caminho mais difícil.

Celebração Familiar 1º Domingo da Quaresma - Edições Salesianas

 

Para acesso ao Guião em PDF clicar no seguinte Link: 

https://bit.ly/Celebracao_IDomingo_Quaresma

Rezemos Sempre - João de Magalhães

Rezemos Sempre

A Quaresma é um tempo de alegria. Se na Quaresma não há alegria, como haverá na nossa vida? Tal como na Quaresma, a nossa vida é um caminho para a ressurreição. Como é que esta terra prometida não nos inunda já de alegria e força e não nos faz ir cantando todo o caminho? Tal como na Quaresma, a nossa vida é um deserto. Trazemos connosco uma sede, um desejo de que tudo isto não seja em vão, e nada do que o mundo nos oferece consegue descansar o coração. Mas porque não corremos e saltamos se sabemos que uma fonte de água viva nos acompanha? Tal como na Quaresma, em cada dia, custa-nos que o reflexo no espelho nos mostre um fraco, um pecador, um incapaz. Custa-nos que nos tenhamos afastado da nossa única fonte. Mas haverá maior alegria que saber que temos um Pastor que deixa para trás o rebanho e corre atrás das ovelhas perdidas? 

Nós, cristãos, não podemos ser um conjunto de tristonhos de mal com esta vida e à espera de uma outra melhor. Temos de abrir bem os olhos e ver o nosso sofrimento, esta cruz que carregamos, é a única causa da nossa alegria. Jesus ensinou-nos isso: a alegria dói. A alegria não é uma tarde bem passada, mas é um coração rasgado, uma vida entregue pelos outros. 

Não adiemos, por isso, a alegria. «Rezemos sempre», estejamos todos os dias na companhia de Jesus para que toda a nossa penitência seja uma dança de celebração. 

João de Magalhães, in Leve Deus no Coração, Reflexões Jesuítas para todo o Ano. 

Dinâmica da Diocese de Viseu - 1º Domingo do Tempo da Quaresma

 PALAVRAS CHAVE: RENUNCIAR/ACREDITAR

 Desafio:

Jesus convida-nos a acreditar no Evangelho. Prepara o “cantinho da oração” para esta Quaresma e coloca lá a Bíblia. Neste domingo abre em Mc 1, 12-15. Quanto à ornamentação, sê criativo e manda-nos as tuas fotos… para a página de Facebook da Diocese ou para o mail do secretariado: sdecviseu@gmail.com

Coloca, também, uma cruz bem visível num espaço exterior da tua casa.

 Oração da mesa:

Tens o hábito de rezar à mesa? Não interessa. Deixa-te surpreender e descobre esta oportunidade de Jesus entrar em tua casa:

Leitor - Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho.

Todos - Senhor, acolhe a nossa oração à volta desta refeição. Venha até nós o vosso Reino e que a tua Palavra nos alimente para que, renunciando à autossuficiência e convertendo o nosso coração, os nossos gestos revelem as maravilhas do Teu Amor. Ámen. Pai Nosso…

 

 Diário de bordo:

Jesus vai para o deserto (Mc 1, 12-15) e José pensa em deixar Maria (Mt 1, 19-20). Dois episódios de um diálogo interior fortíssimo. Se, por um lado, este Domingo nos convida a meditar nas tentações de Jesus no deserto, a nossa caminhada propõe-nos que as possamos aprofundar na nossa vida, através do exemplo de S. José. Uma vida profundamente marcada por confinamentos… desertos que nos interrogam e nos colocam questões talvez raramente colocadas!

Procura nesta semana reler o teu confinamento/relação com tudo o que está a acontecer e responde às seguintes questões:

ü Que te impede de contar com Deus na tua vida?

ü Avalia o teu dia, identificando o que agradeces a Deus e o que Lhe pedes perdão.

ü Que podias deixar de comprar para que esse dinheiro fosse canalizado para a renúncia quaresmal?

Não esqueças de colocar as respostas no teu diário de bordo!

 ORAÇÃO EM REDE:

Associa-te ao momento de oração diocesana “Orar conVida”, que se realizará em todas as sexta-feira da quaresma, 21h15, via Zoom. Sabe mais em www.diocesedeviseu.pt .

Catequese em Família - 21/02/2021

«Diariamente [...] o cristão tem de suportar um combate parecido ao que Cristo aguentou no deserto da Judeia, no qual foi tentado pelo diabo durante quarenta dias… Trata-se de um combate espiritual dirigido contra o pecado e, no fundo, contra Satanás. É um combate que implica toda a pessoa e exige constante e atenta vigilância.»

Bento XVI

1 - Palavra de Deus 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: «Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

2 - Meditação 

Jesus é tentado, tal como todos os homens A realidade da tentação faz-nos entrar na dinâmica do amor de Deus, porque Deus nos ama como homens que somos. O tempo da Quaresma é um tempo para se entrar na comunhão com Deus, para se fazer um percurso de entrada no coração do Senhor e isto é o que significa fazer um caminho de arrependimento. 

A conversão não é um ato de irresponsabilidade, mas exatamente o contrário. Viver o desafio da mudança, numa configuração com o Senhor, é a resposta e a manifestação da responsabilidade do crente diante de Deus e do Seu desafio de construção de um mundo mais justo e fraterno. 

3 - Construção de um Símbolo 

 

Todos - Acompanhar a Dinâmica da Diocese de Viseu através deste blogue… 

4 - Pergunta do Youcat - Catecismo para Jovens: 

88 - Por que motivo Jesus foi tentado? Ele pôde realmente ter sido tentado? 

Se Jesus foi verdadeiramente humano, então foi verdadeiramente tentado. Em Jesus, não temos um redentor «incapaz de Se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi provado em tudo, à nossa semelhança, exceto no pecado» (Heb 4, 15). 

 

5 - Pai Nosso 

6 - Oração Final 

Livra-nos, Senhor, do orgulho que nos faz crescer como árvores sem raízes. Livra-nos, Senhor, da preguiça e da apatia que nos fazem indiferentes; estátuas com coração de pedra. Livra-nos, Senhor, dos resíduos e caprichos que deixam vazio o nosso interior. Livra-nos, Senhor, das máscaras da hipocrisia que ocultam a sinceridade. Senhor, ajuda-nos a vencer as tentações de cada dia. 

3º Orar ConVida - Oração Diocesana Online

 Link para aceder ao momento de oração: 

https://us02web.zoom.us/j/84937863298

Para que jejuamos? (19/02/2021)

(Is 58, 1-9a; Mt 9, 14-15)

Regularmente escutamos a seguinte pergunta: por que é que a Igreja continua a falar de jejum? E também a seguinte: o jejum não é uma coisa do passado? O gesto simbólico do jejum permanece tão atual hoje como era no tempo de Jesus. 
Hoje devemos jejuar ou assumir o desafio da abstinência para que tenhamos a ousadia de colocar Deus no nosso caminho. Estes gestos fazem-nos sentir os nossos limites e, por isso mesmo, a finalidade do jejum é a abertura ao outro e às suas necessidades, na construção do Reino de Deus. 
Os cristãos caminham na busca da luz divina que os transforme em melhores humanos e a vivência do jejum, na abertura aos outros, ensina-nos que apenas a presença de Deus nos sacia plenamente. 

Interiorizando a Palavra Divina... 

Senhor, na vida existe um tempo para tudo. Um tempo para estar feliz e um tempo para estar triste. Um tempo para a festa e um tempo para o jejum. Ser cristão é viver bem cada um destes momentos. Peço-Te, Jesus, para que a festa seja ainda mais festa e os momentos de dor sejam suportados e apoiados pela alegria que me dás. 
(Evangelho Diário 2021)

Aceitar o esforço de seguir a Jesus... (18/02/2021)

(Deut 30, 15-20; Lc 9, 22-25)

O tempo da Quaresma é um tempo belo e alegre, porque é um tempo para descobrir a pessoa de Jesus e configurar toda a vida com Ele. Pode parecer que Jesus nos escandalize ao pedir que percamos a nossa vida por Ele, de forma a alcançarmos a salvação, mas isto não é um aspeto negativo, mas a necessidade de nos configurarmos com a pessoa de Jesus e com a Sua Cruz.
Para Deus apenas existe o hoje e cada Quaresma e cada dia são genuínos momentos para caminharmos com Jesus, descobrindo Nele um percurso para nos humanizarmos. A verdadeira felicidade não está fora de Deus e as escolhas pessoais influenciam não apenas a vida do sujeito mas também a vida dos outros, compreendendo que a liberdade tem os seus perigos. 
Salvar a vida é usar bem a liberdade, escolhendo um caminho de proximidade com o Senhor, abraçando a entrega e a doação como caminho de proximidade a Cristo e ao Seu Reino.  

Para meditar a Palavra de Deus...

Senhor, convidas-me a seguir-Te e a renunciar a tudo aquilo que é do mundo. Ajuda-me a renunciar a mim mesmo e a ter coragem para assumir a minha cruz, os compromissos e responsabilidades de cada dia. Elimina do meu coração o medo de falhar, de sofrer e o orgulho. Concede-me a graça de um coração puro, disponível, confiante e livre de qualquer amarra, que não seja somente o amor por Ti e a vontade de Te seguir.  
(Evangelho Diário 2021)

Abraçar o Tempo Favorável - Quarta-Feira de Cinzas

(Joel 2, 12-18; 2 Cor 5, 20-6,2; Mt 6, 1-6.16-18)

Na sua mensagem para a Quaresma desta ano o Papa Francisco afirma o seguinte: «O jejum, a oração e a esmola - tal como são apresentados por Jesus na sua pregação (Mt 6, 1-18) - são condições para a nossa conversão e sua expressão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa.» 
Iniciamos o caminho quaresmal com o profundo desejo de entrar no movimento do amor divino e, por isso mesmo, o profeta Joel nos fala de conversão. A verdade é que o termo conversão é visto numa perspetiva negativa, como se fosse a recusa de algo essencial ao ser humano, mas, na forma como nos é á apresentado na Palavra de Deus, tem uma perspetiva de amor e de abertura de coração ao Deus que nos ama e deseja a nossa entrada na Seu coração misericordioso. 
O tempo da Quaresma é um tempo para ser vivido na perspetiva de um genuíno kairos e não de um chronos. Isto quer dizer que não são importantes os dias e minutos que percorremos mas o espírito de um coração favorável à ação de Deus, numa genuína busca da compaixão divina que se torna a base da construção de um mundo melhor.  
Desta forma somos convidados a viver o apelo que nos faz o Santo Padre na referida Mensagem: «Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos bens, nos ajude a repassar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.»

Orando para viver...

Que grande desafio nos lanças para os dias de hoje. Tudo se publica nos órgãos de comunicação social, nas redes sociais: fotos, imagens, o querer mostrar-se e ser visto... E quando assim não é, até parece que ficamos de fora e estranhos ao mundo. Dá-me o teu olhar para ver a tua vontade de me encontrar e encontrar quem possa ajudar, porque acredito que me vais ajudar. 
(Evangelho Diário 2021)

Nota: Este é um dia de jejum e abstinência. Todas as sextas-feiras da Quaresma são dias de abstinência. A Sexta-Feira Santa é dia de jejum e de abstinência.  

Mensagem da Quaresma de D. António Luciano, Bispo de Viseu

 

Dinâmica da Diocese de Viseu - Quarta-Feira de Cinzas

 

 PALAVRAS CHAVE: rECONVERSÃO/MUDANÇA

Quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti… Quando rezardes, não sejais como os hipócritas… Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio…

 Desafio:

Lê o Evangelho Mt 6, 1-18 e identifica as ações que queres realizar nesta quaresma:

ü * Procura saber quem vais ajudar com o teu dinheiro (ou outro donativo)?

ü * Que oração vais procurar rezar mais intensamente nesta quaresma?

ü * Ao que vais renunciar, durante a quaresma, para te sentires mais próximo de quem passa dificuldades?

 Oração da mesa:

Antes da refeição, reza:

Senhor, à volta desta mesa, Te pedimos a Luz para descobrir a Quaresma como um caminho de esperança e vida; acolhe as nossas fragilidades e transforma-as em gestos de amor e comunhão, capazes de fortalecer esta família, a Igreja e o mundo. Por Cristo, Senhor Nosso. Ámen. Pai nosso…

 DIÁRIO DE BORDO:

Regista no diário de bordo as tuas respostas às perguntas acima referidas. Arranja um tempo para leres a mensagem para a Quaresma do Papa Francisco e do nosso Bispo. Para te ajudar a programar e a viver a tua quaresma propomos-te 40 ações, para 40 dias, que te podem inspirar e desafiar…

Procura saber, junto do teu pároco/catequista, a proposta diocesana de renúncia quaresmal…

 ORAçÃO EM REDE:

Associa-te ao momento de oração diocesana “Orar conVida”, que se realizará em todas as sexta-feira da quaresma, 21h15, via Zoom. Sabe mais em www.diocesedeviseu.pt .

Também tenho um coração de pedra? (16/02/2021)

(Gen 6, 5-8.7, 1-5; Mc 8, 14-21)

Os discípulos, apesar de toda a proximidade da pessoa de Jesus, padecem das mesmas dificuldades dos fariseus e herodianos. A abertura à perspetiva de Jesus apenas surge na certeza do amor de Deus. Perante o reinado de um coração de pedra torna-se fundamental a compreensão do amor de Deus em todos os momentos. A fé é um dom, mas também entra no campo da vontade e da busca do ser humano, sempre numa perspetiva de busca e conversão. 
O dilúvio apresenta-nos um Deus muito humano, tão humano que decide e age à maneira dos homens. Mas o dilúvio também nos faz tocar um Deus que condena o pecado, encontrando resquícios de esperança na humanidade. Apesar de todas as falhas, Deus confia no ser humano, confia que este aprenderá a usar a sua liberdade em prol do outro e da reconstrução do paraíso destruído. Por isso mesmo, o dilúvio e figura de Noé fazem-nos contemplar um mistério em que se misturam a dor e a esperança...  

Rezando... 

Senhor, à vezes é difícil reconhecer a tua presença na moinha vida. Há momentos em que parece que Te escondes e calas, ou então são as dificuldades que não me deixam ver-Te. Nessas ocasiões, sinto-me mais tentado, duvido e chego a pôr em causa a minha confiança em Ti. Por isso, peço-Te, Senhor, a graça de recordar todo o bem que já recebi de Ti e que essa memória agradecida fortaleça sempre a minha pouca fé. 
(Evangelho Diário 2021)