DOMINGO V DA QUARESMA
– ANO A
Celebração Familiar
A Igreja, na sua
catequese batismal, depois de ter apresentado nos Domingos anteriores Jesus
Cristo como Água Viva e como Luz do Mundo, apresenta-o hoje como Ressurreição e
Vida, vencedor da morte. Unidos a Ele pelo batismo, já passamos da morte à Vida,
do ponto de vista espiritual. Mas com Ele venceremos também a morte, como Ele a
venceu com a Sua Ressurreição: «Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em Mim,
embora venha a morrer, viverá!» A fé n’Ele é garantia de vida para sempre.
Introdução
Pai/Mãe Em nome
do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Todos Ámen!
Pai/Mãe Nos
jornais e outros meios de comunicação, nem tudo são alegres notícias. Há muitas
páginas que contam tristezas e desgraças. É a criança que morre vítima de
doença grave; é o sismo que abalou a Croácia; são as vítimas imensas provocadas
pelo COVID 19.
Já
no tempo de Jesus as pessoas se inquietavam com este assunto da morte. Mas nós,
queremos e vamos celebrar a vida.
Pedimos perdão
Pai/Mãe Neste início da nossa celebração,
vamos reconhecer que somos pecadores, que às vezes estamos mais do lado da
morte que da vida.
Junto, rezemos o Ato de
Contrição:
Todos: Meu
Deus, porque sois tão bom,
Tenho
muita pena de vos ter ofendido.
Ajudai-me
a não tornar a pecar.
Fazer
um momento de silêncio
Escutamos a Palavra
Pai/Mãe Vamos
todos dar muita atenção ao texto do Evangelho deste Domingo
Evangelho de Nosso
Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 11, 3-7.17.20-27.33b-45)
Naquele tempo, as irmãs de
Lázaro mandaram dizer a Jesus: «Senhor, o teu amigo está
doente». Ouvindo isto, Jesus disse: «Essa doença não é mortal, mas
é para a glória de Deus, para que por ela seja
glorificado o Filho do homem». Jesus era amigo de Marta, de
sua irmã e de Lázaro. Entretanto, depois de ouvir
dizer que ele estava doente, ficou ainda dois dias no local
onde Se encontrava. Depois disse aos discípulos: «Vamos de novo para a Judeia». Ao chegar lá, Jesus encontrou o
amigo sepultado havia quatro dias. Quando ouviu dizer que Jesus
estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto
Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado
aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo
o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão
ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar
na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem acredita em Mim, ainda que
tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o
Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». Jesus comoveu-Se profundamente
e perturbou-Se. Depois perguntou: «Onde o
pusestes?». Responderam-Lhe: «Vem ver,
Senhor». E Jesus chorou. Diziam então os judeus: «Vede como era seu amigo». Mas alguns deles observaram: «Então Ele, que abriu os olhos
ao cego, não podia também ter feito que
este homem não morresse?». Entretanto, Jesus, intimamente
comovido, chegou ao túmulo. Era uma gruta, com uma pedra
posta à entrada. Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu Marta, irmã do morto: «Já cheira mal, Senhor, pois
morreu há quatro dias».
Disse Jesus: «Eu não te disse que, se acreditasses,
verias a glória de Deus?». Tiraram então a pedra. Jesus, levantando os olhos ao
Céu, disse: «Pai, dou-Te graças por Me
teres ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas falei assim por causa da
multidão que nos cerca, para acreditarem que Tu Me
enviaste». Dito isto, bradou com voz
forte:
«Lázaro, sai para fora». O morto saiu, de mãos e pés
enfaixados com ligaduras e o rosto envolvido num
sudário. Disse-lhes Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir». Então muitos judeus, que tinham
ido visitar Maria, ao verem o que Jesus fizera,
acreditaram n’Ele.
Palavra da salvação.
Partilhamos a Palavra
Pai/Mãe Em Betânia, Jesus encontrava
hospitalidade e serenidade, o prazer da amizade e da familiaridade. Agora,
naquela casa, estão presentes sinais de morte e desilusão. A Marta superativa,
permanece estática, num canto, de braços cruzados; em Maria abate-se a tragédia;
os olhares e as palavras permanecem vazios. Lázaro tinha-se apagado
nos braços amorosos das irmãs, mas distante das mãos vivificantes do Amigo. Quando este chega, vê a
dor no coração desfeito de quem ama. Em Betânia, Deus aprende
a fragilidade da vida, o sofrimento e o desespero. Ali, o Criador chora a
criatura, o Amigo chora o irmão, o Pai chora o filho. Em Betânia, as lágrimas
silenciosas e mortificadas de Jesus são choro, oração e revolta contra a morte. Ali, o Amor faz-se
lágrima, presença, palavra de vida. E, quando Deus chora,
declara todo o seu amor: os amigos não podem morrer para sempre. O choro de Deus é um
grito pela vida de quem ama.
Dar a possibilidade a
que os membros da família possam partilhar sobre o que para eles significa o texto
bíblico e esta breve reflexão.
Preces
Pai/Mãe Por
Jesus Cristo, que é a Vida, oremos a Deus dizendo com confiança:
Ouvi-nos,
Senhor.
Filho/a Pelos
cristãos de todo o mundo, que sofrem pela impossibilidade de celebrarem a
Eucaristia, para
que sintam sempre a presença de Jesus nas suas vidas, oremos.
Filho/a Pelos
que choram a perda de familiares e amigos, vítimas do COVID 19, para que
recebam a desejada consolação que vem da vitória da vida sobre a morte, oremos.
Filho/a Pelos que regem os destinos dos
povos, para que nestes tempos tão difíceis, estejam atentos aos
pequenos e aos pobres, oremos.
Filho/a Por
todos os profissionais da saúde, pelos bombeiros, forças de segurança e
quantos cuidam de nós nestes tempos tão difíceis, oremos.
Filho/a Por toda a nossa família e pelas
famílias da nossa paróquia, para que anunciemos
sempre que Jesus Cristo é para
todos a Ressurreição e a Vida, oremos.
Todos Pai-nosso…
Ação de Graças
Pai/Mãe Jesus proclama que, quem acredita
n’Ele, terá a vida para sempre.
«Eu sou a ressurreição e
a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim nunca morrerá».
Esta é a Boa Notícia de
hoje: estar com Jesus é ter a vida para sempre.
Filho/a V de Vitória: Jesus ao
restituir a vida a Lázaro, diz-nos que Ele tem mais força que a morte e é capaz
de a derrotar. Nenhuma pessoa tem uma
força assim. Mas Jesus, Filho de Deus, sai vitorioso na luta contra a morte.
Filho/a I de Igreja: Nós, que somos
a Igreja, que somos os seguidores de Jesus, que acreditamos n’Ele, nunca mais
morreremos. Virá a inevitável morte
corporal. Mas imediatamente Jesus arranca-nos às garras da morte e
ressuscita-nos.
Filho/a D de Deus: Deus, depois da
morte, abre-nos as portas da sua casa para nos receber em festa e nos dar uma
felicidade que não podemos imaginar. Ressuscitados, viveremos
para sempre na morada eterna de Deus.
Filho/a A de Amar: Porquê, mais uma
vez, esta palavra? Porque só as pessoas que amam o próximo, passarão da morte
para a vida. Para
ressuscitar, é preciso ir ressuscitando cada dia com gestos e palavras de amor.
(Esta celebração foi preparada tendo por
base, contributos dos Padres Barros de Oliveira, José Esteves e Pedrosa
Ferreira)