Páscoa da Ressurreição B - Homilia

Páscoa da Ressurreição B 

«A ressurreição de Cristo de entre os mortos toca no seu centro o homem, como ser individual e social, pois transforma por completo os valores relativos à vida humana individual e a história da humanidade desde o momento em que se cumpre o fim da história na morte de Jesus.[...] dando assim origem a uma nova imagem de Deus, a partir da qual a imagem do homem, condicionada por ela, deve adquirir o seu valor.» (Hans Urs Von Balthasar)

Celebrar a Páscoa vai para além da noção de festa ou de convívio, abre a uma nova compreensão do ser de Deus e daquilo que é a realidade humana. Os cristãos celebram uma nova criação, porque em Cristo Ressuscitado tudo ganha uma nova vida e um novo sentido. A realidade humana é rejuvenescida na comunhão com o Salvador e tudo se assume como uma peregrinação rumo a um mundo novo. 

1 - Os sinais parecem fracos e fogem da lógica humana e racional. Os argumentos apresentados pelos discípulos e que os conduzem ao testemunho são bastante frágeis: o Sepulcro Vazio e as aparições do Ressuscitado. Se do ponto de vista lógico estamos perante realidades impensáveis e incomprováveis. A verdade é que os mesmos homens e mulheres que apresentam esses sinais os testemunharam com a vida, ganhando, desta forma, uma nova lógica. 

2 - Deste modo, os cristãos são chamados a viver a Páscoa como um momento de transformação da vida, vivendo em busca de uma nova esperança. A Páscoa assume-se como um acontecimento de todos os tempos e não como uma realidade do passado, do presente ou do futuro. Deste modo, à imagem dos Apóstolos, é essencial que se acredite e testemunhe a realidade da vitória de Cristo sobre a morte, aspirando às coisas do alto. 

3 - Os cristãos são chamados a viver em constante renovação, vivendo como novas pessoas, com novos desafios e novas relações. Perante a realidade do Sepulcro Vazio é necessário perceber que a história e o caminho do ser humano são realidades abertas, com medos e incertezas, momentos de luz e de trevas, mas sempre com a certeza de que se faz caminho com o Senhor. 

4 - Não basta proclamar a alegria pascal ou cantar “Aleluia”, importa encarar a vida com uma nova perspetiva, já que o Túmulo se encontra vazio mas cheio de sinais. A luz de Cristo Ressuscitado continua presente e a alimentar o ser humano, conduzindo-o a uma plena transformação do coração, à certeza de que é filho de Deus, herdeiro da Pátria Celeste. 

Vigília Pascal B - Homilia

Vigília Pascal B 

Os cristãos vivem o centro da sua fé na Páscoa da Ressurreição e a Vigília Pascal assume-se como a celebração de todas as celebrações, numa dinâmica de renovação constante da união a Cristo Jesus. Todos os símbolos vividos na Páscoa apontam para necessário renovação da união a Cristo, porque se o batismo é vivido apenas de uma vez deverá ser renovado constantemente. 

1 - O ser cristão, como discipulado e seguimento de Jesus Cristo, é uma realidade dinâmica e transformadora da vida. A verdade é que se pode perder a união a Cristo, podendo-se esquecer as reais implicações da comunhão com o Senhor e da vivência com Ele de todos os momentos, mas nunca se pode perder a certeza do seu amor. O cristão vive na consciência de que a fé é luz e para que não se perca essa luz é necessário renovar e redescobrir constantemente a certeza de que se caminha com Deus e para Deus. 

2 - Ser batizado é mais do que viver um simples momento, é assumir um caminho em busca de luz. A verdadeira luz, aquela que retira o ser humano das trevas, é aquela que vem do Senhor. Deste modo, as leituras e as várias liturgias da Vigília Pascal (Liturgia da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística) oferecem um convite a que cada um se assuma como construtor de um mundo novo, de uma realidade transformada pelo Senhor. Todo o caminho do Povo de Israel ao longo do Antigo Testamento e toda a história da humanidade assumem-se como lugares de desilusão e pecado, mas também como oportunidades de se encontrar e viver o amor de Deus e uma profunda esperança na humanidade. 

3 - Viver a Páscoa hoje implica viver com a consciência de que se pode estar a regredir, esquecendo o lugar de Deus e os limites humanos perante o irmão. A verdade é que se pode correr o risco de perder que a fé cristã é um convite a lutar contra a indiferença, contra a possibilidade de se viver sem sonhos e sem esperança… Celebrar o Sepulcro Vazio é viver a necessidade de se estar verdadeiramente vivo e não apenas Cristo, numa companhia de amor e de ternura. 

4 - As mulheres vão ao Sepulcro para efetuar um último gesto de amor e descobrem um novo caminho. Tal como as mulheres, será necessário que cada um procure o Ressuscitado na sua vida, de modo a vivê-l’O, indo para além da Cruz e do Sepulcro. Que a noite Santa da Páscoa ajude cada cristão a procurar a fidelidade ao Senhor, assumindo-O como luz e esperança e a morte não irrompa como caminho final mas como verdadeira Páscoa de vida eterna.

Oração em Família Páscoa da Ressurreição- Dinâmica Diocesana

Páscoa é um convite a renascer, e de algum modo, reviver a experiência dos dois discípulos de Emaús, que sentiram «o coração a arder no peito», quando o Ressuscitado caminhava com ele, explicando as Escrituras e revelando-Se ao «partir do pão».

Oração à Mesa Domingo de Páscoa - Secretariado Nacional da Liturgia

Antes da refeição: 

Abençoai, Pai santo, a nossa família e os alimentos que nesta mesa nos ofereceis. Vós que reanimais a nossa fé na celebração anual das festas pascais, aumentai em nós os dons da vossa graça, para compreendermos melhor as riquezas inesgotáveis do Batismo que recebemos. Por Cristo nosso Senhor. 

Após a Refeição: 

Nós Vos agradecemos, Senhor, esta refeição festiva, neste solene domingo de Páscoa. A exemplo dos discípulos de Emaús possamos reconhecer o vosso Filho nas sagradas Escrituras e ao partir do pão, para sermos dignas testemunhas da sua Ressurreição. 

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. 

Como era no princípio, agora e sempre. Amen. 

Rezar o Silêncio de Sábado Santo... (30/03/2024)

Neste dia, a terra inteira fica silenciosa, esperando o anúncio da ressurreição do Senhor. Os homens e as mulheres, na sua maior parte, continuam com as suas vidas, ignorando o silêncio que se abateu sobre a terra, alheios ao mistério da morte de Deus. Dá-me, Trindade Santa, a graça do silêncio que espera ansiosamente a alegria da madrugada da ressurreição. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

Celebração da Paixão do Senhor B - Homilia e Oração

Celebração da Paixão do Senhor B 

A Paixão do Senhor e a Sua Cruz têm um lugar central na vida do cristão e assumem-se como o núcleo central da vivência pascal. Cristo oferece-se gratuitamente para que todo o que Nele crê, além de se sentir amado, aprenda a oferecer-se plenamente. Deste modo, torna-se fundamental contemplar o mundo a partir da perspetiva de Jesus Cristo e de um amor que apenas tem sentido na oferta e na derrota do egoísmo.

1 - Cristo assume-se como Servo de Jahvé anunciado pelo profeta Isaías. A primeira leitura oferece uma verdadeira chave de leitura a tudo o que é oferecido no Evangelho de João, porque se contempla um caminho na busca do Reino dos Céus e da verdade que liberta o homem do pecado. Cristo oferece um testemunho singular e radical e questiona a vida de cada um dos seus discípulos, sobretudo interrogando o modo como se procura dar testemunho da Sua pessoa.

2 - A Cruz assume-se como uma verdadeira marca na vida pessoal e comunitária. Perante o exemplo de Cristo percebe-se que a humanidade necessita de sentido e de uma dinâmica de busca do essencial. As modas e os egoísmos reinantes no mundo contemporâneo não deixam de ser apetecíveis e interpeladores, mas são igualmente caminhos de vazio e de angústia. Se é verdade que as injustiças, os sofrimentos e as dificuldades vividas por tantas pessoas são potenciadoras de dúvidas e dificuldades, são igualmente caminhos de purificação e de encontro do essencial.

3 - Apenas se pede que o coração de cada cristão se transforme a partir da Cruz, do amor e da entrega, numa dinâmica sem fim… Quantas vezes se prefere a derrota e o desastre do outro ao invés de buscar o amor e interajuda, basta este simples exemplo para se perceber a importância da Adoração da Cruz e do esforço de colocar o Crucificado no centro de toda a vida. Em Cristo e na Sua morte ignominiosa deveria morrer todo o egoísmo e toda a falta de fraternidade…

Na descoberta do mistério...

Senhor Jesus, que em todos os meus dias, seja capaz de dizer «Sou eu», «Aqui estou», tal como fizeste perante os que te iam prender. Concede-me a graça de não me esconder atrás de máscaras sociais e de revelar a genuinidade e a autenticidades que me habitam. Permite-me, Jesus, cumprir-me como sou. Ser quem sou chamado a Ser, com as minhas fragilidades e com as minhas bênçãos. Que nesta sexta-feira tão Santa, eu encontre em ti o verdadeiro eu. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

Celebração da Ceia do Senhor - Homilia e Oração

Celebração da Ceia do Senhor B 

A Última Ceia é facilmente reconhecida como um momento marcante na vida dos discípulos e na sua relação com o Mestre. A verdade é que esta refeição ritual da fé judaica assume-se como um momento singular, ao ponto de Jesus afirmar o desejo de comer aquela Páscoa com os seus discípulos e amigos. Os sentimentos vividos pelos intervenientes são verdadeiramente paradoxos, passando da alegria à angústia, mas sempre iluminados pelo amor de Deus. 

1 - Cristo vive uma Ceia diferente, onde os vários passos rituais assumem novas roupagens procurando a vivência de uma tradição dinâmica e voltada para o futuro, já que da Antiga Aliança se vive o início da Nova e Eterna Aliança entre Deus e a humanidade. Deste modo, os cristãos são chamados a viver os rituais como oportunidades de encontro com Deus e consigo mesmos e não como realidades estáticas. 

2 - Só se pode viver verdadeiramente o mistério pascal quando ele é compreendido como mistério de amor. A humildade de Cristo ao lavar os pés dos discípulos abre-nos para algo mais do que a Sua simplicidade porque alerta para a necessidade de se levar a fé para a vida e para a transformação do mundo. Fazer memória na vivência sacramental não é a recordação do passado, mas fazer presença, porque o centro da celebração não é o sacerdote ou o coro ou os leitores mas Cristo. 

3 - Em cada Eucaristia deveria-se privilegiar a fraternidade à mesa. Deste modo, não se vai à Eucaristia mas participa-se na mesma e deve-se viver numa dinâmica de participação que possibilite a abertura do coração ao Senhor. Cristo ensina os seus discípulos que tudo o que é importante tem por base a vida que se oferece por amor de modo a fazer surgir algo de especial no mundo. 

4 - Apesar da quantidade de celebrações, não se percebe o que é celebrado, não se percebe que a Eucaristia tem o seu maior sinal no gesto do lava-pés. Se S. Paulo nos diz que devemos transmitir este mistério de amor, será necessário questionar não só o como se transmite, mas o que se transmite. A Eucaristia deve ser assumida como vida, como entrega e como renovação constante, como momento de encontro que oferece esperança à vida e raramente é vivida como tal…    

Na vivência do mistério... 

Senhor, Tu que és fonte viva da Eucaristia, nascida na última ceia realizada com os apóstolos, deixa-me alimentar no teu Pão! Ajuda-me a contemplar-te na Eucaristia! Que eu tenha a humildade de me deixar lavar por ti, para que, alimentado pelo Pão que és Tu, possa caminhar a teu lado. Mestre, que o caminho que faço a teu lado seja sempre lavado na verdadeira Fonte e alimentado com o verdadeiro Pão. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

Procuro auxílio? (27/03/2024)

Is 50, 4-9a; Mt 26, 14-25

A Páscoa entra dentro de um esforço colossal de descoberta do Senhor e do Seu amor. A traição de Judas assume-se como um desafio para que cada cristão se reveja ao espelho reconhecendo as suas traições e dificuldades constantes em seguir o Senhor. Será interessante que se exista um foco no texto do Terceiro Canto do Servo de Jahvé, presente na primeira leitura, para que se reconheça a necessária busca de esperança e de força para que se assuma um auxílio verdadeiramente divino. 

Em busca de esperança...

Bom Jesus, que a minha casa- o meu coração - se apronte para te receber! Que eu te saiba acolher, como Maria te acolheu no seu seio, dizendo prontamente: «Sim!»Peço-te, Pai Santo, que me ensines a preparar-me para que a verdadeira Páscoa aconteça na minha vida. Que eu me deixe moldar pelo teu Amor. Que eu saiba acender a tua Luz em mim. Que esta preparação seja orante e sentida, firme na certeza da tua companhia. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

Por quem dou a vida? (26/03/2024)

Is 49, 1-6; Jo 13, 21-33. 36-38

Cristo vive a Ceia Pascal de uma maneira verdadeiramente paradoxal, já que tem consciência da traição de Judas, por uma lado, e da fragilidade dos outros discípulos, por outro lado. Contudo, o amor de Jesus, anunciado na primeira leitura de Isaías, permanece constante e chama os discípulos de todos os tempos a viverem uma entrega permanente ao Senhor. Será necessário que a nossa oferta seja mais vigorosa do que a de Pedro, sempre na busca da realidade de quem é Jesus verdadeiramente. 

Em busca da oferta da vida...

Judas preparar a traição e Tu, Senhor, preparas a celebração da ceia pascal. É fácil «bater» em Judas e chamar-lhe traidor. É bem mais difícil reconhecer que a traição de Judas também é minha, sempre que, pelo pecado, me afasto de ti e te entrego às dores da tua Paixão. Senhor Jesus, que eu saiba reconhecer as minhas debilidades, para crescer no amor a ti e aos meus irmãos. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

14/03/2024 - Avisos Paroquiais

Avisos Paroquiais 

Semana → 24/03 - 31/03

Caparrosa 

Terça-Feira, 26 → 15:00h - Eucaristia em Souto Bom 

Quarta-Feira, 27 → 10:30h -Eucaristia na ASSOC

Quinta-Feira, 28 →21:30h - Celebração da Ceia do Senhor na Igreja Paroquial 

Sexta-Feira, 29 → 21:30h - Celebração da Paixão na Igreja Paroquial 

Sábado, 30 → 22:00h -Vigília Pascal na Igreja Paroquial 

Domingo, 31 → 10:00h - Eucaristia do dia de Páscoa na Igreja Paroquial. Procissão da Ressurreição. 

Visita Pascal em Caparrosa

14:30h - Eucaristia de dia de Páscoa em Caparrosinha 

Visita Pascal em Caparrosinha 

Segunda-Feira, 01 → 9:00h - Visita Pascal em Souto Bom e Eiras

11:00h - Eucaristia em Souto Bom. Festa de São Frutuoso. Procissão. 

14:30h - Eucaristia em Paranho de Besteiros 

Visita Pascal em Paranho de Besteiros 

Observações:

Silvares 

Terça-Feira, 26 → 18:00h - Via Sacra em Silvares

18:30h - Eucaristia em Silvares 

Quinta-Feira, 28 →17:00h - Celebração da Ceia do Senhor na Igreja Paroquial 

Sexta-Feira, 29 → 17:00h - Celebração da Paixão na Igreja Paroquial 

Sábado, 30 → 18:00h -Vigília Pascal na Igreja Paroquial 

Domingo, 31 → 11:30h - Eucaristia do dia de Páscoa na Igreja Paroquial. Procissão da Ressurreição. 

Visita Pascal

Observações:

Vilar de Besteiros

Quarta-Feira, 27 → 18:30h - Eucaristia na Igreja Paroquial 

Quinta-Feira, 28 →20:00h - Celebração da Ceia do Senhor na Igreja Paroquial 

Sexta-Feira, 29 → 20:00h - Celebração da Paixão na Igreja Paroquial 

Sábado, 30 → 20:00h -Vigília Pascal na Igreja Paroquial 

Domingo, 31 → 8:30h - Eucaristia do dia de Páscoa na Igreja Paroquial. Procissão da Ressurreição. 

Visita Pascal

Observações: Considerando os problemas com as Sagradas Famílias, será necessário haver novas inscrições para a receber as imagens. Algo que deverá ser feito na Sacristia da Igreja Paroquial.

Mosteiro de Fráguas

Quinta-Feira, 28 →18:30h - Celebração da Ceia do Senhor na Igreja Paroquial 

Sexta-Feira, 29 → 18:30h - Celebração da Paixão na Igreja Paroquial 

Sábado, 30 → 20:00h -Vigília Pascal na Igreja Paroquial de Vilar de Besteiros  

Domingo, 31 → 8:30h - Procissão da Ressurreição 

Visita Pascal

19:00h - Festa de Encerramento da Cruz. Eucaristia de Dia de Páscoa na Igreja Paroquial. 

Observações: 

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor B - Homilia

Domingo de Ramos na Paixão do Senhor B 

Inicia-se a semana grande do ano e da vida cristã. Os discípulos de Jesus são convidados a viver um encontro profundo com o mistério redentor de Jesus Cristo, num estímulo a olhar para além da perspetiva meramente humana, num horizonte de eternidade. O Domingo de Ramos é vivido na duplicidade de sentimentos, numa atitude quase bipolar entre a euforia do acolhimento esperançoso do Messias e o ódio da condenação. 

1 - A verdadeira exaltação não surge da glória, mas da entrega. O caminho de Deus é diferente da perspectiva humana e nem sempre é aquele que é esperado pelo ser humano. O mundo gosta de poder e de grandiosidade, nunca se pode fugir dessa tentação do querer ser importante, mas a verdade do serviço e da entrega é muito mais certa no sentido e na vida. Cristo, na sua entrega, alerta para a necessidade de serviço e de busca do outro. 

2 - Cristo abraça a humanidade plenamente, num acolhimento que ultrapassa a compreensão meramente humana e que assume uma índole quase de loucura. Os discípulos vivem a entrega do Senhor com bastante dificuldades, alternando pela contemplação/transformação e a recusa e fuga. Diante deste dia os cristãos contemplam a dificuldade de viver a coragem no meio das dificuldades. 

3 - O despojamento total de Cristo é uma lição e um estímulo para cada dia. A paixão, morte e ressurreição de Cristo assumem um lugar central na vida dos cristãos como na dinâmica dos relatos evangélicos. Mais importante que todas as palavras ou milagres de Jesus Cristo é a sua morte redentora e é a partir desse facto que tudo se transforma na vida dos crentes. Se é verdade que o caminho de Deus é diferente, também é verdade que é necessário fazer conviver a covardia de Pilatos e dos discípulos com a coragem de quem não abandona Cristo ou até a atitude condenatória e esperançosa da multidão. No relato da Paixão contempla-se a real instabilidade humana e a dificuldade em ser viver a fidelidade ao Senhor em todos os momentos. 

4 - Apenas no paradoxo do amor de Deus se vive a plenitude de uma vida preenchida. Quantas vezes se anseia um Deus majestoso, glorioso e poderoso e, na verdade, o cristão é chamado a viver um Deus pobre, humilde ou frágil e é necessário perceber que a vida plena apenas se encontra quando se luta contra um coração cheio de muitas coisas mas vazio de sentido… 

Oração em Família Domingo de Ramos - Dinâmica Diocesana

Pela Cruz, Jesus vai para o Pai e os discípulos deveriam alegrar-se se o amassem e se compreendessem o fim desta partida. Senhor, ajuda-nos a confiar e a compreender a verdadeira liberdade que Tu nos dás para amarmos o próximo. 

Oração à Mesa Domingo de Ramos - Secretariado Nacional da Liturgia

Antes da Refeição: 

Deus de bondade, que nos reunis à volta desta mesa para saborearmos os dons da vossa graça, abençoai os alimentos que vamos tomar. Fazei que, pelo dom do vosso amor, permaneçamos unidos na fé e na esperança, aclamando sem cessar o vosso Filho Jesus Cristo, como Messias esperado. Ele que vive e reina pelos séculos dos séculos. 

Após a Refeição: 

Nós Vos agradecemos, Senhor Jesus Cristo, esta refeição que nos concedestes. Fazei que, a exemplo dos meninos hebreus, saibamos aclamar-vos com toda a alegria e simplicidade, para que sejamos dignos de participar dos merecimentos da vossa Paixão e Morte de cruz. 

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. 

Como era no princípio, agora e sempre. Amen. 

Enfrento os meus preconceitos? (22/03/2024)

Jr 20, 10-13; Jo 10, 31-42

Os preconceitos impedem que o ser humana veja a realidade com naturalidade e transparência. Cristo é fruto de preconceitos que impedem de perceber que as suas obras e as suas palavras oferecem um caminho de transformação da vida. Deste modo, será necessário que se viva em constante esforço por superar preconceitos para perceber o outro é um irmão. As perseguições, as dificuldades e as radicalidades fazem parte do dia a dia e com Cristo e Jeremias se vive a necessidade de colocar Deus na vida como âncora e esforço de superação. 

Em busca de verdade...

Senhor Jesus, neste dia peço a tua graça para reconhecer a tua divindade. Ajuda-me a ver em ti o Filho de Deus, o Messias prometido, que veio ao mundo para salvar a humanidade. Que possa escutar a tua voz e seguir os teus ensinamentos, e assim ser conduzido ao caminho da vida eterna. Dá-me a força para testemunhar a tua verdade mesmo quando isso significa enfrentar a oposição e a perseguição. Que, com a tua graça, possa perseverar na fé e ser fiel ao teu chamamento. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

O que recordo? (21/03/2024)

Gn 17, 3-9; Jo 8, 51-59

Caminhar com esperança é fundamental, porque sem esperança não existem perspetivas futuras. Para que o ser humano encare a vida com otimismo e vigor deve sentir a força que vem da esperança e da certeza de que não se caminha para o vazio, mas para o encontro com o Senhor. Deste modo, Cristo convida a que se guarde a sua Palavra e se viva um genuína reflexão e adaptação da vida ao Senhor, recordando continuamente que se vive com Deus e para Deus. Recordar não é viver o passado, do ponto de vista cristão, mas assumir a vida como encontro com Deus... 

Em busca da presença do Senhor...

Senhor Jesus, ajuda-me a acreditar em ti e a seguir os teus ensinamentos, mesmo quando isso significa desafiar convicções e tradições. Que possa compreender que em ti encontro a verdadeira Vida e a Salvação. Dá-me força para viver de acordo com os teus ensinamentos e a coragem para testemunhar a tua verdade diante dos outros. Que, com a tua graça, possa crescer em sabedoria e amor. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

Paróquia de Mosteiro de Fráguas - Encenação da Via Sacra

 Encenação da Via Sacra 

A Via Sacra assume-se como um dos elementos fundamentais para a vivência da devoção quaresmal e diária para os cristãos, já que a contemplação e adoração do caminho amoroso de Cristo rumo à Paixão, Morte e Ressurreição ajuda cada um a descobrir e enfrentar o seu caminho rumo à glória da salvação. A vivência de uma encenação assume-se como algo diferente de uma oração, mas é um igual elemento de contemplação e descoberta do radical amor do Senhor por todos e cada um. Neste sentido de contemplação da arte da presença do belo na vida, inserida na vivência da Festa de Nosso Senhor dos Aflitos, encenou-se mais uma Via Sacra no passado dia 16 de Março, pelas 21:00h. Iniciou-se o Caminho na Igreja Paroquial e teve o seu ponto alto na Crucificação de Cristo no Santuário de Nosso Senhor dos Aflitos e a sepultamento no Cemitério da Freguesia. 

Paróquia de Mosteiro de Fráguas - Notícias da Capela de Nosso Senhor dos Aflitos

Festa de Nosso Senhor dos Aflitos 

O Quinto Domingo da Quaresma é um domingo marcante não só para a comunidade paroquial de Mosteiro de Fráguas, mas também para muitos devotos de várias paróquias e comunidades limítrofes que se dirigem ao Santuário de Nosso Senhor dos Aflitos. Esta festa provoca uma busca de relação com o Senhor Jesus, tal como experimentou Lázaro na sua revivência há dois mil anos e a experiência de fé de suas irmãs, Marta e Maria. Deste modo, num espírito de devoção e de busca do Senhor Jesus, Senhor dos Aflitos, viveu-se mais uma festa no passado dia 17 de Março, impondo-se um olhar contemplativo e libertador diante da Páscoa da Ressurreição. Deste modo, pelas 10:15h percorreu-se a oração do Rosário no Santuário do Senhor dos Aflitos, seguindo-se pelas 11:00h a celebração da Eucaristia Campal e a Procissão com o acompanhamento pela Banda Filarmónica de Tondela. 

O que me liberta? (20/03/2024)

Dn 3, 14-20. 91-92. 95; Jo 8, 31-42

A verdadeira liberdade não se vive na libertação dos limites, mas na certeza de que se busca a felicidade e o sentido. A verdade é que o ser humano para ser feliz precisa de se sentir preenchido, mesmo que seja um preenchimento erróneo e acabe no vazio. Importa que se perceba que nem sempre se é libertado pelo "normal". Jesus aponta para um caminho que não é compreendido pelos judeus, nem pelos discípulos, um caminho de busca da verdade, um caminho cheio de dificuldades mas onde a Sua graça de torna a fonte de toda a renovação...

Em busca de liberdade...

Senhor, neste dia peço a tua graça e a tua verdade, para que seja libertado do pecado e da ignorância. Ajuda-me a seguir os teus ensinamentos, como teu discípulo fiel, e a permanecer na tua Palavra, fonte de vida e sabedoria. Que possa reconhecer em ti o Filho de Deus e na tua Palavra a verdade que nos liberta. Que a tua luz brilhe, para ser testemunha da tua verdade. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

Onde me leva o silêncio? (19/03/2024)

SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA

José é visto como um homem de fé e de silêncio. Como pai adotivo do Redentor, tem um lugar fundamental na história da salvação, mas um lugar que nem sempre é recordado e valorizado. José aceita o amor que Deus lhe tem, mas sempre com a perceção de que a vida é cheia de dificuldades. A fé oferece uma nova luz à vida porque quem caminha com o Senhor encontra uma nova vida, uma nova luz e um novo sentido no meio de todos os desafios da vida. Se a José o silêncio o conduziu a um lugar discreto, o silêncio deveria ser caminho para que o crente redescobrisse a sua missão de compaixão e não ministério judicial do irmão...

Em busca de Deus... 

Senhor, ajuda-me a ser piedoso e paciente, como São José foi. Ensina-me a não julgar e a estar presente para os que precisam de mim. Concede-me a humildade para enfrentar com sabedoria todos os desafios da vida. Ajuda-me a encontrar força para seguir os teus caminhos, mesmo que nem sempre os compreenda. Dá-me a tua graça para entender mais a fundo a minha vocação, colocando a minha confiança em ti. 

(Evangelho Diário 2024, Editorial AO)

Oração de Taizé - Atividade Arciprestal para os Jovens

 

17/03/2024 - Avisos Paroquiais

Avisos Paroquiais 

Semana → 17/03 - 24/03

Caparrosa 

Quarta-Feira, 20 → 19:30h -Eucaristia em Paranho de Besteiros

Quinta-Feira, 21 →18:00h - Hora Santa na Igreja Paroquial 

19:30h - Eucaristia em Caparrosinha 

Sexta-Feira, 22 → 19:30h - Eucaristia na capela de S. Francisco (Caparrosa)

20:15h - Reunião de preparação da Visita Pascal

Sábado, 23 → 19:00h - Eucaristia Vespertina em Paranho de Besteiros 

20:30h - Oração de Taizé na capela da Sra do Campo no Campo de Besteiros

Domingo, 24 → 10:00h - Bênção dos Ramos. Eucaristia Dominical na Igreja Paroquial.

Observações:

Silvares 

Terça-Feira, 19 → 18:00h - Via Sacra no Carvalhal da Mulher

18:30h - Eucaristia no Carvalhal da Mulher

Sábado, 23 → 20:30h - Oração de Taizé na capela da Sra do Campo no Campo de Besteiros

Domingo, 24 → 8:30h - Bênção dos Ramos. Eucaristia Dominical na Igreja Paroquial. 

Observações:

Vilar de Besteiros

Quarta-Feira, 20 → 18:30h - Eucaristia na capela da Sra do Rosário (Aldeia de Vilar)

20:30h - Reunião de preparação da Visita Pascal

Sábado, 23 → 17:00h - Via Sacra na Igreja Paroquial 

18:00h - Eucaristia Vespertina na Igreja Paroquial 

20:30h - Oração de Taizé na capela da Sra do Campo no Campo de Besteiros

Domingo, 24 → 11:30h - Bênção dos Ramos. Eucaristia Dominical na Igreja Paroquial.

Observações: Considerando os problemas com as Sagradas Famílias, será necessário haver novas inscrições para a receber as imagens. Algo que deverá ser feito na Sacristia da Igreja Paroquial.

Mosteiro de Fráguas

Sexta-Feira, 22 → 18:30h - Eucaristia na Igreja Paroquial

Sábado, 23 → 20:30h - Oração de Taizé na capela da Sra do Campo no Campo de Besteiros

Domingo, 24 → 10:00h - Bênção dos Ramos. Eucaristia Dominical na Igreja Paroquial. 

15:00h - Reunião de preparação da Visita Pascal

Observações: