25º Domingo do Tempo Comum B
Incompreensão, injustiça, guerra… Palavras negativas e que servem de mote para a descoberta de um caminho diferente. Na verdade, os cristãos não podem viver na ilusão de um caminho angélico, mas na consciência das suas fragilidades de modo a serem superadas. A ilusão angélica poderá destruir tudo o que de mais belo existe na vida.
1 - Perante as realidades difíceis da vida surge sempre uma pergunta: os fins justificam os meios? Contudo deveria surgir a pergunta: o que se realiza para mudar a realidade? O livro da Sabedoria alerta para a realidade de que a vida não é isenta de dificuldades e para aqueles que não existe esperança tudo é possível. Para quem vive de Deus e com Deus, é necessário uma perspetiva diferente cheia de esperança.
2 - Jesus volta a recordar o seu caminho pascal. A insistência de Jesus em apresentar as dificuldades que lhe aparecerão no futuro é sinal de um esforço pedagógico que procura enfrentar a dureza do coração humano. Os discípulos devem abrir-se à mensagem de Cristo sem a desvirtuar com a sua vontade.
3 - A rivalidade existe e provoca guerras e conflitos. Cristo apela a uma lógica de gratuidade, humildade e serviço. O Messias desejado e preparado por Deus é distinto da vontade humana e é essencial que o ser humano se deixe conduzir como as crianças. As crianças na cultura judaica eram desprovidas de direitos e sem importância e com o seu exemplo Cristo apela ao espírito de acolhimento e de entrega que caracteriza a Sua pessoa.
4 - O cristão é chamado a descer do pedestal em que naturalmente e humanamente se quer colocar. A verdadeira autoridade é fruto do serviço e o cristão não deve pactuar com a situação vivida, pois é chamado a ser melhor. O livro da Sabedoria e o apóstolo Tiago recordam como é importante viver na esperança e na busca da comunhão que constrói o Reino dos Céus.
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