22º Domingo do Tempo Comum B
Para que serve a religião? O que nos move ao caminhar com Jesus no meio do mundo? O perigo de um caminho hipócrita ou farisaico é uma constante na vida do crente, daí que seja fundamental um constante regresso ao essencial da vida. A religião é um caminho para Deus e implica verdade e transparência em cada pessoa, num caminho de aperfeiçoamento e de construção de um mundo mais justo e fraterno.
1 - O grande desafio: configurar o coração ao Senhor. Para quem vive de Deus e para Deus não basta uma profissão de fé, mas conciliar essa profissão de fé com uma vida de fraternidade. Parafraseando as palavras de Sophia de Mello Breyner: deveremos viver com o nosso suor e não com o suor dos outros. Deste modo, os mandamentos não devem ser adulterados, mas vividos em verdade e plenitude.
2 - Reconhecendo os limites do ser humano, o Senhor respeita a sua liberdade. Diante dos mandamentos, sejam eles de que ordem for, existe sempre a tentação de substituir a vontade divina pela vontade humana. As tradições são importantes na medida em que colocam Deus no “hoje” da vida e ajudam a caminhar para Ele e para que sejam vividas bem devem ser atualizadas e transformadas a partir de um esforço de conversão e de transformação.
3 - O verdadeiro culto desemboca na conversão do coração. Na verdade, a grande honra que pode ser prestada a Deus é um coração que deseje viver Dele e para Ele em todos os momentos. Os cristãos não podem cair numa religiosidade artificial, sem vida e sem sabor, porque esta acabará por desgastar mais do que transformar.
4 - Jesus Cristo oferece um programa de vida diário baseado na escuta e na vida, que podemos atualizar em cada Liturgia da Palavra em cada Liturgia Eucarística. Cada cristão é chamado a acolher a Palavra Divina como “pequeno” e como um dom que vem do alto. Mas deve igualmente vivê-la todos os dias, evangelizando o seu coração e evitando tudo o que o torne impuro. Em cada momento se deveria fazer a pergunta: o que sai de mim? Pela incúria ou pela negligência poder-se-á destruir o que de mais belo existe na vida.
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