21º Domingo do Tempo Comum B
Os ouvintes de Jesus sentem dificuldade em compreender as suas palavras, preferindo manter a sua vida quotidiana, numa relação com o divino que nada trazia de novo, não transformando nada. Quando se deseja viver e descobrir Palavras de Vida Eterna será necessário assumir um compromisso de transformação do coração e de conversão ao Evangelho, de escuta e de mudança de atitudes diante de Deus e do outro.
1 - O que nos move? Para onde queremos ir? Seguir a Cristo implica uma postura de entrega e de descoberta, sempre na busca do sentido da vida e da existência. Só se percebe o verdadeiro sentido da Eucaristia, Alimento de Vida Eterna, quando se procura uma profunda convicção de fé, um dinamismo de compromisso que ultrapasse a tradição ou o ritualismo do fazer por fazer.
2 - A adesão ao Senhor deve ser verdadeira e só o poderá ser se for acompanhada de uma busca de sentido e de vida. A multidão assume Jesus com uma convicção muito forte, mas depressa cai no desânimo porque prefere uma religião pouco profunda, a uma vida em conversão e em construção do Reino dos Céus. Deste modo, é importante que se dê lugar ao Senhor na vida de cada dia e não apenas naqueles poucos minutos da celebração dominical, sempre com a uma pergunta fundamental: qual o papel de Deus na minha vida?
3 - O caminho proposto por Jesus não é fácil porque é o caminho da Cruz, do amor que oferta e entrega plena. O cristão é chamado, continuamente, a aderir à pessoa de Jesus, sem ilusão de promessas fáceis ou de ofertas gratuitas de felicidade. A oferta cristã aponta para este mundo, mas com o sentido da eternidade e da busca do sentido pleno da existência.
4 - O Evangelho não é uma mensagem entre muitas, mas o centro de toda a busca de plenitude e de vida. Deste modo, Cristo apela a uma profissão de fé convicta, isto é, a uma religião do coração que ultrapasse o formalismo ou o carácter social das reuniões humanas. Mesmo que não se compreenda em plenitude Cristo, ele oferece vida e amor. Daí que São Paulo ofereça um convite a que se faça do amor a base de todas as relações, ultrapassando ódios ou vinganças.
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