domingo, 21 de julho de 2024

16º Domingo do Tempo Comum B - Homilia

16º Domingo do Tempo Comum B 


A Liturgia da Palavra deste domingo oferece vários pontos de reflexão sobre o quotidiano da vida cristã como o descanso, caminho de contemplação e de aproximação do Senhor, e a necessidade de vivermos uma relação de proximidade com o nosso Bom Pastor. De igual modo, somos convidados a viver uma genuína reflexão sobre a realidade do cuidado pelo outro e numa interpelação à busca de pastores que conduzam o rebanho do Senhor. 


1 - O maior perigo de todos: perder a orientação. O mundo em que vivemos é marcado pelo relativismo e pela falta de horizontes de verdade e de vida. Torna-se fundamental que os crentes redescubram o Senhor como um rumo constante, pois sempre que se coloca Deus de lado acaba por ser criado um verdadeiro vazio existencial. Tal como afirma S. Paulo, não deveria existir desespero ou perda pois Jesus é a nossa paz. 


2 - Jesus lança um olhar misericordioso sobre a humanidade, mesmo perante as recusas humanas. Depois dos discípulos regressarem com boas notícias surge algum vazio inerente à condição humana. Deste modo, Cristo convida-nos a perder algum tempo no descanso, na contemplação e na escuta. O ativismo de cada dia torna-se prejudicial quando desemboca num fazer coisas sem as valorizar. 


3 - A Igreja deve falar de Jesus e viver Jesus e não apenas realizar coisas. A imagem do pastor necessário ao caminho humano desemboca numa pergunta fundamental: estarão os cristãos abertos à necessidade de construir comunidade, de construir rebanho? Seguir Jesus implica vivê-lo em comunidade, em amparo e cuidado fraterno. Num texto que nos faz contemplar a humanidade de Jesus, percebemos que atitudes como a escuta, o cuidado, a preocupação com o outro e a compaixão são essenciais para a renovação da humanidade.  


4 - Acreditamos e vivemos a certeza de que Deus continua a cuidar da humanidade, enviando pastores. O verdadeiro apostolado surge da fé e da proximidade com o Senhor e os cristãos são chamados a viver para além de conceitos, para que venha ao de cima uma verdadeira paixão pela humanidade e as suas necessidades. Um testemunho alegre e feliz é a melhor receita para o anúncio evangélico. 


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