17º Domingo do Tempo Comum B
Com o 17º Domingo inicia-se um período de alguns domingos em que abandonamos o Evangelho de Marcos para nos orientarmos pelo Evangelho de João e todo o ênfase que este Evangelho coloca na Multiplicação dos Pães e no Discurso do Pão da Vida. Cristo, além de um olhar humano lançado sobre a humanidade, oferece caminhos de transformação das relações humanas e da sociedade.
1 - O ser humano é faminto por natureza e a fome acaba por revelar o mais íntimo de cada pessoa. A verdade é que só em Deus encontramos o que sacia, pela Sua Palavra e pela Sua Vida. Daí que Cristo estimule os discípulos a oferecerem a sua pobreza porque deseja que se construa uma comunidade em que o Pão conduza à fraternidade e à união.
2 - A presença de Jesus preenche a multidão e conduz à plenitude. O gesto da multiplicação dos pães, recordando que milagre semelhante é revelado na primeira leitura, assume-se como um constante desafio a viver um verdadeiro encontro eucarístico através da partilha e da generosidade e o comer nunca é uma mera realidade mecânica mas a fonte de comunhão e de construção de relações.
3 - O milagre da multiplicação dos pães alerta para um grande perigo da humanidade: quando cada um pensar apenas na sua fome, nem todo o pão do mundo chegaria para matar a fome da humanidade. A partilha é a fonte de toda a riqueza e perante o perigo do egoísmo e da soberba será necessário uma vida diferente. Os bens devem ser partilhados, porque sem partilha não há vida ou futuro para a humanidade.
4 - São Paulo relata a sua experiência na prisão pela sua fé em Cristo e o facto de aquele momento da vida o ter conduzido ao essencial. Na verdade é fundamental que continuamente se efetue um caminho de regresso ao essencial por atitudes tão simples como a humildade, a mansidão, a paciência ou a tolerância. Não são precisas grandes coisas para mudar o mundo, será apenas necessidade viver de Cristo e fazer Dele o alimento de toda a vida.
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