15º Domingo do Tempo Comum B
No texto evangélico, Cristo envia os discípulos para que estes se sintam membros de um movimento superior a si próprios. Os cristãos são chamados a sentirem-se enviados a anunciar o Evangelho, porque de nada serve viver Jesus Cristo sem abertura ao outro e ao mundo. Mais do que palavras, os cristãos vivem um caminho de santidade pessoal e de testemunho. Os discípulos vão dois a dois para reforçar a caridade e o cuidado pelo outro como elementos fundamentais da vida e o crescimento em santidade é a grande marca do Evangelho.
1 - As desilusões fazem parte da vida e do anúncio, mas sempre devem ser vividas com esperança. Num mundo cada vez mais afastado de Deus e do transcendente, torna-se essencial que não exista medo no momento de viver a fé e o religioso. Tal como recorda S. Paulo no seu hino cristológico, é fundamental que se faça um caminho de purificação e de transformação do coração humano rumo à santidade e à perfeição.
2 - As palavras passam, mas o testemunho fica. Só se pode viver Jesus Cristo quando se experimenta o amor, quando se percebe que o dedo de Deus faz-se presente na vida e se pode encarar cada momento com luz e esperança. Deste modo, cada cristão é chamado a ser sinal de Deus para o próximo, através de uma vida de aperfeiçoamento e de crescimento na fé.
3 - Os discípulos são enviados sem nada, porque o Senhor é a única riqueza. Pode parecer estranho o envio dos discípulos neste mundo do material, mas o testemunho de pobreza e desprendimento espelhado nas palavras de Jesus é um profundo convite a reconhecer que é na simplicidade que se toca Deus e se abre verdadeiramente o coração ao outro. Deus age muito mais do que todos os enviados e é essencial que se viva com uma verdadeira e corajosa fé na ação do Espírito Divino no coração humano.
4 - Tal como os Apóstolos, cada cristão é chamado, hoje e sempre, a fazer parte de um projeto de construção do Reino de Deus. Apesar das limitações humanas, nunca se é inútil ou se vive a solidão neste percurso. Daí que seja essencial assumir aquela conversão em Discípulo Missionários, de que o Papa Francisco tanto fala, através de um profundo compromisso e empenho na missão de levar Cristo ao mundo.
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