14º Domingo do Tempo Comum B
O mundo necessita de sinais proféticos que lhe apontem um caminho diferente, sendo que os próprios profetas devem ter a noção clara das dificuldades que irão encontrar na vida. A verdade é que a dureza do coração humano é uma constante ao longo da história e torna-se fundamental que se encare a vida e a existência com esperança.
1 - Cristo é recusado por quem O melhor conhece. Viver no tempo de Jesus de nada adiantaria para o crescimento pessoal dos crentes, porque a dureza do coração tem de ser combatida pela ternura e pela entrega confiante. Os conterrâneos de Jesus não aceitam as suas palavras transformadoras e os milagres não conduzem à entrega do coração.
2 - Deste modo, reconhecendo-se a imprevisibilidade da vida, o crente não deve perder o ardor em ser profeta, porque, para quem caminha com o Senhor, as difíceis realidades da vida não derrotam, mas oferecem um caminho de purificação e de busca de sentido. Perante as difíceis realidades da vida requer-se uma fé autêntica e verdadeiramente confiante e este é um dom gratuito e transmitido pela comunidade eclesial.
3 - Os profetas são sinais de transcendência no meio do mundo. Perante a frieza do coração humano, Deus permanece fiel, continuando a enviar profetas. Acreditamos que hoje o Senhor continua a falar e a exercer o Seu mistério de amor, através de tantos homens e mulheres, através do Seus sinais sacramentais.
4 - Tal como S. Paulo, torna-se essencial reconhecer, assumir e superar as dificuldades, porque é no meio desta fragilidade que se revela o amor de Deus. Em Cristo, experimenta-se uma presença humilde que se faz notar nos momentos de maior fragilidade. Na verdade, a nossa fortaleza débil é superada pela fraqueza forte do Senhor (Mistério Pascal de Cristo Jesus) e somos chamados a ser testemunhas do amor de Deus no mundo, através das fragilidades e sempre com uma pergunta: “Somos capazes de nos surpreender com Cristo?”
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