13º Domingo do Tempo Comum B
A relação entre vida e morte é sempre promotora de grandes desafios e interrogações da parte do ser humano. Acima de tudo, é necessário reconhecer a realidade de um Deus que nos chama à vida. Num mundo em que se vive uma cultura de morte e de vazio, torna-se essencial procurar o sentido profundo da existência.
1 - A lógica de Deus para com o ser humano não é retributiva, mas de amor. O ser humano não é merecedor do amor divino. Cristo olha para cada pessoa, sem dar importância à sua nacionalidade ou ao seu género, procurando entrar nas suas fragilidades para lhe oferecer um sentido. Jesus cura, mas é necessário chamar por Ele, é necessário sair da normalidade para que Ele tenha um papel central.
2 - Os cristãos são chamados a ir de encontro a Jesus através da realidade sacramental. Só se poderá viver Jesus na medida em que Ele seja saboreado, onde se abram as portas do coração a este Deus que ama, acolhe, toca e liberta, devolvendo a esperança. Para que se viva o Deus que se oferece tem de se alimentar a oferta gratuita de si mesmo a Deus e ao outro.
3 - Diante do mundo de guerras, doenças, traições, de tudo aquilo que questiona a existência humana deve-se repetir as palavras do livro da Sabedoria: «Não foi Deus quem fez a morte, nem Ele se alegra com a perdição dos vivos». A vitória sobre a morte é uma aspiração e uma busca de sentido na vida de cada dia, num caminho de amor e de escuta da Palavra Divina. Não vivemos um pré-determinismo, mas numa realidade que depende da vontade pessoal e comunitária de superação.
4 - O que é a morte? Esta é uma pergunta fundamental na vida pessoal e comunitária. Pode-se pensar que a morte seja um fim em si mesmo, mas a verdade é que a morte é um meio, uma porta. Só se poderá dar sentido à morte e ao sofrimento quando se descobre que em Deus só há vida e a fé implica confiança no Senhor, no seu modo de agir e no seu amor infinito por todos. Por isso mesmo, S. Paulo oferecia um convite à descoberta da generosidade como marca da vida do discípulo de Cristo, porque o outro não é um simples outro, mas um irmão.
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