segunda-feira, 24 de junho de 2024

12º Domingo do Tempo Comum B - Homilia

12º Domingo do Tempo Comum B 


As leituras deste dia apontam para um encontro com o Senhor por meio das criaturas, mas sempre com o intuito de que cada cristão procure ser uma nova criatura em Cristo, participando da Sua redenção. A verdade é que os crentes podem cair no erro de confundir prioridades e acabar por cair na idolatria. 


1 - Na simbologia bíblica, água é sinónimo de vida e renovação, mas quando se se refere ao mar, deparamo-nos com morte, destruição e dificuldades. Deste modo, a passagem do Evangelho oferece um convite à descoberta da presença silenciosa do Senhor que oferece calma e tranquilidade no meio das tempestades. As dificuldades existem e podem ser superadas, desde que não se caia no desespero e na sensação de abandono. 


2 - Os discípulos apresentam uma fé incipiente e imatura, pois não compreendem, e não conseguem viver, a pessoa de Jesus Cristo. O crente deve aceitar o convite de Jesus a passar para a outra margem, vivendo a aventura da fé e enfrentando com Ele as dificuldades. A verdade é que o espanto e admiração por Jesus, ou seja a busca de milagres, ainda não é fé, porque não é encontro e vida com Ele.


3 - Cristo é o sustento da paz e da bonança. A Igreja não pode viver sem Jesus e não se pode anunciar a si própria, porque sem Jesus não há possibilidade de conversão e de salvação. Os discípulos sentem-se inseguros porque não vislumbram esperança. O caminho será sempre superar o pessimismo pela confiança e pela esperança. O Senhor, pela confiança na Sua pessoa, não é trunfo ou uma carta que se joga em determinados momentos, mas caminho, verdade e vida.


4 - Vive-se uma longa caminhada de fé onde a fonte de tudo é a paciência do Senhor para com toda a humanidade e cada pessoa. A cada cristão é pedido que faça um discernimento da fé, porque é verdade que as grandes interrogações surgem nos momentos complicados, mas também é verdade que é essencial sustentar a vida, os momentos bons e maus, no Senhor para que a fé não seja algo efémero e que se viva ao sabor do vento ou das tempestades. 


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