11º Domingo do Tempo Comum B
O nosso olhar humano pede imediatez e resultados, ao contrário do olhar divino que solicita sentido e plenitude. As leituras deste domingo oferecem um desafio de busca do sentido permanente da vida, já que as parábolas do Reino oferecem um convite à esperança e à confiança.
1 - A perspetiva de Deus ultrapassa o olhar meramente humano, porque não se baseia em estatísticas ou inquéritos, mas numa promessa de fidelidade e de vida nova. O verdadeiro Reino não é possível ser medido, porque depende não de resultados mas da conversão do coração e de um profundo desejo de viver com Deus e para Deus. O Senhor faz surgir caminhos de esperança que nem sempre são compreensíveis da parte do ser humano.
2 - Os resultados não são calculáveis ou comprováveis, porque o verdadeiro resultado está numa entrega ao Senhor. O ser humano, e nesta formulação devem entender-se os membros da comunidade eclesial, tem necessidade de verificar resultados, complicando o que é simples pois a base de tudo é a confiança em Deus.
3 - Os resultados não são controláveis ou mecânicos, não diminuindo, por isso mesmo, a necessidade de competência e de trabalho da parte de cada cristão no modo como se semeia a Palavra de Deus. Deste modo, é essencial que se semeie, discernindo as abordagens e a linguagem utilizada. O crescimento da semente apenas é possível quando se lhe dá tempo e cada um um viva o seu ritmo no encontro com Deus. Por fim, o amadurecimento só é possível quando há um acompanhamento, em que se vive um profundo desejo de se assumirem os critérios divinos e não os humanos.
4 - Deus enriquece o que é pobre. Ao contrário do olhar humano, Deus pode fazer crescer algo a partir da humildade e o Seu lugar não pode ser ocupado por ninguém. Resta ao ser humano viver o esforço de colocar a Palavra de Deus como pilar da sua vida e, a partir dela, endireitar e corrigir tudo para que em tudo se impregne o Senhor. Acima de tudo, Cristo oferece um convite a olhar para a vida com confiança e com esperança no futuro.
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